domingo, 30 de janeiro de 2011

Índice Planeta Vivo


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IPV global revela que entramos no ciclo no qual as mudanças climáticas extremas, fruto da degradação ambiental, já colaboram elas mesmas para ...
IPV global revela que entramos no ciclo no qual as mudanças climáticas extremas, fruto da degradação ambiental, já colaboram elas mesmas para potencializar efeitos ambientais adversos, atenta Marina Silva
Marina Silva De Brasília (DF)
Quem tem conta bancária conhece alguns cuidados básicos para operá-la sem correr o risco de enormes dores de cabeça. Sabe que deve evitar recorrer ao cheque especial porque a enrascada para pagar será grande e, a depender do tamanho do descuido, poderá ser levado à bancarrota. Também sabe que não é muito inteligente mirar-se no exemplo do vizinho imprudente que dilapidou todo o patrimônio, sob o argumento de que "se ele fez bobagem, tenho o direito de fazer também".
Para o planeta vale o mesmo raciocínio. Não dá para sacar a descoberto sobre uma disponibilidade fictícia de recursos naturais e acabar com a nossa "herança" apenas porque outros o fizeram antes. Mas, por incrível que pareça - e com tantas evidências da urgência de mudar esse comportamento - ainda prevalece o discurso de que se os países ricos se desenvolveram com base na exploração intensiva de seu capital natural, é nosso direito fazer o mesmo, até porque teríamos "muita gordura para queimar".
Ao contrário, quem tem hoje reservas de recursos naturais deve conservá-las porque esse é o cacife para o novo padrão de desenvolvimento que parece inexorável. O padrão terra-arrasada do passado não serve mais e quem insiste nele perderá as melhores oportunidades de acertar o passo com o futuro. E no caso brasileiro, nem temos mais toda essa propalada "gordura". Nosso diferencial está se exaurindo rapidamente e já estamos atrasados na decisão de caminhar na direção de novos indicadores de eficiência econômica.
A organização não-governamental WWF faz a cada dois anos um relatório mostrando como anda o impacto das atividades humanas sobre os recursos naturais, por meio do Índice Planeta Vivo (IPV) que compara a biocapacidade (quantidade de área produtiva disponível para atender às necessidades dos seres humanos) e a pegada ecológica, um cálculo que mostra o impacto das atividades e diferentes estilos de vida sobre os recursos naturais.
Todos os habitantes do planeta dependem dos serviços fornecidos pelos sistemas naturais. O relatório da WWF mostra estarmos indo a um ritmo tão acelerado e intenso de consumo dos recursos naturais, a ponto de ameaçar a perenidade desses serviços. É o anúncio de um colapso muito mais grave do que a crise financeira que tanto nos impressiona. Estamos de olho na dissolução do capital dinheiro e não percebemos a aproximação do colapso do capital natureza.
O IPV global traz números e análises muito preocupantes (veja em www.wwf.org.br). Revelam que entramos no ciclo no qual as mudanças climáticas extremas, fruto da degradação ambiental, já colaboram elas mesmas para potencializar efeitos ambientais adversos.
Nas florestas tropicais o IPV caiu 62% em 35 anos, por motivos que, no que nos diz respeito, conhecemos bem, a começar do desmatamento e algumas atividades econômicas descontroladas. A WWF conclui que a pegada ecológica global execede hoje em 30% a capacidade de regeneração do planeta. E que, a continuar nesse ritmo, em meados de 2030 precisaremos de dois planetas para manter nosso estilo de vida.
As cinco maiores pegadas per capita nacionais são dos Emirados Árabes, Estados Unidos, Kuwait, Dinamarca e Austrália. Oito países - Estados Unidos, Brasil, Rússia, China, Índia, Canadá, Argentina e Austrália - possuem mais da metade do total da biocapacidade mundial. Mais de 75% da população mundial vivem em países que superaram sua biocapacidade e, portanto, sustentam seu estilo de vida retirando cada vez mais capital ecológico de outras partes do mundo. Se toda a população mundial tivesse o consumo médio dos americanos, precisaríamos de 4,5 planetas para dar conta da demanda. Ou seja, não é mais possível alimentar a cultura do "padrão americano" como sonho de consumo planetário.
É chegado o momento de entender o quanto de corrosivo e insustentável existe por trás desse padrão, também eticamente questionável pois, ao não ser universalizável, traz em si a gênese da desigualdade. Questioná-lo é abrir portas para reinventar nosso desejo de mundo, caindo literalmente na real. A situação ainda não é irreversível, mas é preciso agir com urgência para mudá-la.
A América Latina aparece no relatório numa situação intermediária, como se sua conta começasse a entrar no vermelho, mas ainda sem ultrapassar o limite do "cheque especial" natural, o que nos coloca numa situação privilegiada para influenciar a definição de novos padrões de progresso, de produção e consumo. Talvez o universo esteja criando a oportunidade de, numa inversão histórica - no momento em que a história mostra mais uma vez que nada é imutável -, trocar os sinais no continente: os países detentores de megadiversidade biológica passariam a ser fonte de soluções de desenvolvimento capazes de constituir o sonho do futuro. Não mais de consumo, mas de vida melhor para todos, com justiça social e respeito ao meio ambiente.

Marina Silva é professora secundária de História, senadora pelo PT do Acre e ex-ministra do Meio Ambiente.

Fale com Marina Silva: marina.silva08@terra.com.br
Fonte do texto: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3320604-EI11691,00- Indice+Planeta+Vivo.html.   Acesso 30/01/2011 as 19:49 de 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A Carta do Cacique Seattle, em 1855

 Cacique SeattleCacique Seattle

Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:

    "O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
    Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
    Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
    Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

Uma outra versão da famosa Carta do Índio pode ser conferida aqui
Clique aqui para ler a versão deste texto em seu original, em inglês!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Terra como Gaia - Leonardo Boff

AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoA Terra como Gaia - Leonardo BoffFeb 11, '08 6:50 AM
para todos
Categoria:Outro
A vida não está apenas sobre a Terra e ocupa uma pequena parte dela, a biosfera.
A própria Terra, como um todo, se revela como um macroorganismo vivo. Ela possui um equilíbrio tão sutil em seus elementos físico-químicos, como o oxigênio e o carbono, que somente um ser vivo pode ter.
Da mesma forma a salinização dos oceanos, o regime de chuvas e secas, a direção dos ventos e das correntes marinhas – tudo forma um sistema de equilíbrio sutilíssimo que perdura e se renova há milhões de anos, tornando as condições gerais propícias para a vida.
O que as mitologias dos povos originários do Oriente e do Ocidente testemunhavam acerca da Terra como a Grande Mãe – a Mãe dos mil seios para significar sua indescritível fecundidade – vem mais e mais sendo confirmada pela ciência experimental avançada. Ela tomou uma deusa grega, Gaia, como imagem para expressar o fato de a Terra ser viva e mãe de todos os viventes.

A Terra como nave espacial

Terra e humanidade podem ser comparadas a uma nave espacial em pleno vôo. Essa nave tem recursos limitados de combustível, alimentos e tempo de transcurso.
1% dos passageiros viaja na primeira classe com todo o conforto da super abundância de meios de vida.
4% dos passageiros vão de classe econômica com recursos suficientes para todos.
95% dos passageiros se encontram amontoados junto às bagagens passando frio e necessidade.
Esse é o fato real e brutal do estado da Terra.
Reparando-se bem, pouco importa a situação social e econômica dos passageiros. Todos estão dentro da mesma nave e correm a mesma ameaça de vida pelo esgotamento dos recursos disponíveis.
Se não fizerem um acordo de repartir eqüitativamente os recursos escassos, todos poderão ter o mesmo trágico destino. Pouco importa se estão na primeira classe, na classe econômica ou junto às bagagens.
Por que não fazemos esse acordo já, enquanto temos tempo, e assim poderemos continuar a viagem com o suficiente e o decente para todos os seres humanos, bem como para os demais seres vivos da natureza?
Desta vez não há alternativa: ou nos salvamos todos ou todos pereceremos.

A Terra, objeto de amor

A terra transformou-se atualmente no grande e obscuro objeto do amor humano. Damo-nos conta de que podemos ser destruídos. Não por algum meteoro rasante nem por algum cataclismo natural de proporções inimagináveis. Mas por causa da irresponsável atividade humana.
Duas máquinas de morte foram construídas e podem destruir a biosfera: as armas de destruição em massa e a sistemática agressão ecológica ao sistema Terra.
Como meio para salvação da Terra é invocada a ecologia. Não no seu sentido convencional, como o gerenciamento dos recursos naturais escassos, mas como um novo olhar sobre a realidade, como um novo paradigma de relacionamento com todos os seres – pelo qual consideramos o ser humano parte e parcela da natureza, os seres todos interdependentes e cúmplices na preservação e co-evolução de todos e a própria Terra como um super-organismo vivo, chamada pelos cientistas de Gaia, a Grande Mãe dos antigos, que tudo gera e sustenta.
Estamos aprendendo a amar a Terra como a nossa mãe, aquela que nos deu vida e nos alimenta.
Leonardo Boff

Gaia, a deusa da Terra

Texto baseado em Hesíodo
Gaia, Géia, Gea ou era a deusa da Terra, a Mãe Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda. Segundo Hesíodo, no princípio surge o Caos, e do Caos nascem Gaia, Tártaro, Eros (o amor), Érebo e Nix (a noite).[1]
Gaia gera sozinha Urano, Ponto e as Montanhas.[1] Ela gerou Urano, seu igual, com o desejo de ter alguém que a cobrisse completamente, e para que houvesse um lar eterno para os deuses "bem-aventurados".[1]
Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs, após, os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de Cem Mãos). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada. Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a noite não percebesse sua presença. Ao descer, Urano, para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes, as Erínias as Melíades e Afrodite.
Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova vingança.
Quando Cronos se casou com Réia e passou a reger todo o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele então passou a devorar cada recém nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Réia a salvar o filho que viria a ser Zeus. Réia então, em vez de entregar seu filho para Cronos devorar entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna.
Já adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos lados chegava ao triunfo. Gaia então foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os três Ciclopes e os três Hecatônquiros.
Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Todavia, Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs no fundo do Tártaro. Gaia pela terceira vez se revoltou e lançou mão de todas as suas armas para destronar Zeus.
Num primeiro momento, ela pariu os incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna terminado em duas cabeças, além de possuir os órgãos genitais femininos e masculinos. Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes e escalavam o Olimpo com a inteção de destruir Zeus, mas, por conselhos de Têmis, ele e os demais deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio. Assim feito, Zeus venceu.
Em uma outra oportunidade, Gaia produziu uma planta que ao ser comida poderia dar imortalidade aos Gigantes; todavia a planta necessitava de luz para crescer. Mas ao saber disto Zeus ordenou que Hélios, Selene, Eos e as Estrelas não subissem ao céu, e escondido nos véus de Nix, ele encontrou a planta e a destruiu. Mesmo assim Gaia incitou os Gigantes a colocarem as montanhas umas sobre as outras na intenção de subir o céu e invadir o Olimpo. Mas Zeus e os outros deuses venceram novamente.
Como última alternativa, enviou seu filho mais novo e o mais horrendo, Tifão para dar cabo dos deuses e seus aliados, mas os deuses se uniram contra a terrivel criatura e depois de uma terrivel e sangrenta batalha, eles conseguem vencer o último filho de Gaia.
Enfim, Gaia cedeu e acordou com Zeus que jamais voltaria a tramar contra seu governo. Dessa forma, ela foi recebida como uma deusa Olímpica[2]

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